Nanotempo

E aí, o que é literatura, mesmo? Com que compasso a medimos? Com que lente de aumento a examinamos? Um escritor ou escritora deve ser fiel ao quê? Às estéticas de antanho? Ao irredimível tempo presente?

E adianta cansarmos os jovens com um distante e incompreensível Machado de Assis? Com um meloso José de Alencar? Com um insuportável Macedinho?

Uma adolescente, que nada (ainda) sabe do amor, pode entender as razões da traição de Capitu? O que ela, a adolescente, tem a ver com Senhora? Pode ela acreditar num autor que compõem um mês com mais de 31 dias?

Adolescências, malemolências. Tempo de.

Tempo de ler Vanessa Silla, e não Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo. Não porque Vanessa seja melhor que eles. Literatura não é corrida de cavalos. Nem partida de tênis.

Vanessa escreve para jovens. Para guris. Para gurias. Ó, eu sou do Sul. E daí? A gente se enfeita de gaúcho. Alemão pode se enfeitar de tirolês? Escocês pode usar saiote? Russo pode se fazer de cossaco? Gaúcho não pode?

Ao ler Vanessa Silla, escritora gaúcha, mas não gaudéria, os jovens vão descobrir que literatura não é bicho-papão. Literatura é uma ideia na cabeça. Uma vontade. E ação. Escrever é como andar de bicicleta. Se não subir e pedalar, não há como.

Charles Kiefer

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